A crise no fornecimento de vacinas contra a Covid-19 atingiu um ponto crítico em 2024, com 17 estados brasileiros relatando estoques zerados ou insuficientes. A perda de 4 milhões de doses vencidas, aliada à falta de reposição adequada pelo governo, expôs uma grave falha na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). Crianças menores de 12 anos estão entre as mais afetadas, deixando estados como Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Ceará em situação alarmante.
Com a ausência de imunizantes desde meados de 2024, estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Amazonas enfrentam uma demanda crescente sem a devida resposta do governo. O problema é ainda mais agudo em municípios menores e no Distrito Federal, enquanto vacinas com prazos de validade reduzidos, como na Paraíba, aumentam a pressão sobre o sistema de saúde.
Apesar de promessas do Ministério da Saúde de Nísia Trindade para resolver a crise, a ausência de um cronograma sólido e a dependência de farmacêuticas estrangeiras, como a Moderna, preocupam especialistas, que temem que a população continue desprotegida em um momento crucial.