O recente apagão que atingiu a região metropolitana de São Paulo deixou 3,1 milhões de imóveis sem energia, expondo novamente a fragilidade da infraestrutura energética do país. O presidente da Enel, Guilherme Lencastre, em coletiva de imprensa, apresentou dados que mostram a lenta recuperação do sistema, admitindo que "79% da energia foi restabelecida nas primeiras 24 horas". O aumento de 1 milhão de imóveis afetados, em relação ao número divulgado inicialmente, levanta questões sobre a transparência da gestão e a eficácia das ações emergenciais.
Apesar dos discursos otimistas, cerca de 36 mil clientes seguem sem energia, uma semana após o vendaval que causou o apagão. Enquanto Lencastre afirma que "a operação está muito próxima da normalidade", a realidade nas ruas é diferente. Os consumidores enfrentam dias sem luz, comprometendo suas rotinas e segurança, enquanto a empresa luta para normalizar os serviços de forma satisfatória.
Casos reincidentes de falta de energia continuam sendo relatados, evidenciando a falta de investimento adequado na manutenção e modernização da rede. A população, como sempre, arca com as consequências de uma administração que pouco prioriza a eficiência e deixa a desejar quando se trata de respostas rápidas e efetivas diante de crises.