Com o segundo turno das eleições municipais concluído, Lula vê-se diante de desafios políticos decisivos. A necessidade de negociar o Orçamento de 2025 e lidar com a pressão por uma reforma ministerial expõem a fragilidade do governo. Ao mesmo tempo, disputas internas no PT ameaçam enfraquecer ainda mais o controle sobre o partido e a governabilidade.
O fortalecimento de forças políticas de centro tem ampliado o peso do Centrão no Congresso, exigindo concessões que dificultam a implementação das pautas governistas. Lula precisa equilibrar os interesses de partidos aliados e evitar ceder à pressão imediata de reformas, enquanto articula sucessões estratégicas nas presidências da Câmara e do Senado.
Dentro do PT, a tensão cresce com a luta pelo controle da legenda, onde a ala liderada por Gleisi Hoffmann enfrenta a resistência da velha guarda. A escolha do novo presidente do partido será crucial para definir os rumos da legenda e a governabilidade de Lula nos próximos anos, em um cenário político cada vez mais adverso.