A gravidade da Vaza Toga

A julgar por áudios e mensagens de WhatsApp vazadas, Moraes não só comanda a investigação, mas também direciona a coleta de provas, mantendo-se ainda como acusador e julgador dos alvos

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A gravidade da Vaza Toga
Foto: Antonio Augusto/SCO/STF

O escândalo conhecido como Vaza Toga revela que o TSE, sob a supervisão de Alexandre de Moraes, produziu relatórios encomendados clandestinamente para sustentar decisões do STF contra críticos do governo. Mensagens de WhatsApp entre o assessor de Moraes, Airton Vieira, e Eduardo Tagliaferro, então chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, mostram que o ministro não apenas conduziu a investigação, mas também direcionou a coleta de provas, agindo como acusador e julgador ao mesmo tempo.

Em novembro de 2022, Vieira enviou a Tagliaferro postagens de um blogueiro alinhado a Jair Bolsonaro, solicitando análise e possíveis ações legais. Tagliaferro, por sua vez, encobriu a origem do material e criou relatórios com base nas ordens de Moraes. As mensagens evidenciam um esforço para manipular as provas e camuflar o verdadeiro envolvimento do STF e TSE na investigação.