Criado no rescaldo da Segunda Guerra Mundial, o Conselho de Segurança das Nações Unidas enfrenta críticas severas quanto à sua eficácia em prevenir ou solucionar disputas internacionais. Em uma recente aparição no podcast Latitude, transmitido no último sábado, o renomado cientista político Samuel Feldberg discutiu a paralisia operacional do Conselho.
Durante a entrevista, Feldberg destacou a incapacidade crônica do Conselho de Segurança em atuar de maneira decisiva. "Observando sua trajetória ao longo de oito décadas, identificamos raríssimos momentos de intervenção bem-sucedida. O órgão falhou em prevenir atrocidades como as ocorridas em Darfur, no Sudão, e o genocídio no Camboja nos anos 70. Sua ação, frequentemente limitada ao envio de forças de paz, resulta em gastos exorbitantes sem eficácia comprovada na resolução dos conflitos", comentou o especialista.
Feldberg, conhecido por sua obra "Estados Unidos e Israel, uma aliança em questão" e sua posição como diretor do Conselho Acadêmico da StandWithUs Brasil, ressalta a urgência de repensar o papel e a estrutura do Conselho de Segurança. Esta análise crítica sublinha a distância entre as aspirações originais do órgão e sua capacidade real de influenciar positivamente o cenário geopolítico mundial, apontando para uma necessidade de reformulação ou reestruturação que permita uma resposta mais ágil e efetiva às crises globais.
