Uma pesquisa significativa feita pela Aprosoja, lançada na última sexta-feira, com foco na safra 2023-2024. Esta análise vem na sequência da última pesquisa realizada com produtores em dezembro. Desde então, a região enfrentou uma persistente seca, que apenas agora, em janeiro, começa a ser amenizada por chuvas. No entanto, as lavouras de ciclo precoce e médio já sofreram impactos consideráveis.
A pesquisa, que será detalhada em um release oficial no dia 12/01, contou com a participação de mais de 896 produtores e abrangeu mais de 980 propriedades. Estas propriedades somam mais de 1.700.000 hectares. No estado de Mato Grosso, que na última safra cultivou cerca de 12.000.000 de hectares, esses dados são particularmente relevantes, representando mais de 10% da área total cultivada.
Interessantemente, todas as regiões do estado apresentaram resultados similares. A região leste, que teve a menor produtividade, estima-se em torno de 48 sacas por hectare, enquanto a região sul espera cerca de 53 sacas por hectare. Para contextualizar, a média do Mato Grosso no ano passado foi de 62 sacas, e os produtores que participaram da pesquisa relataram uma colheita de 63 sacas naquela safra.
Estes dados sinalizam uma queda de 21% na produtividade em comparação ao ano anterior. Se confirmados, estes números indicam que a safra de Mato Grosso não ultrapassará 37.000.000 de toneladas, uma redução significativa em relação à safra recorde do ano passado, que foi de 45.300.000 de toneladas.
Além disso, a consultoria Pátria, especializada no mercado agrícola, projetou a safra brasileira em torno de 143.000.000 de toneladas, números que divergem das projeções mais otimistas de outras consultorias e da Conab, que estima em 155.000.000 de toneladas. Esta discrepância destaca a necessidade de uma metodologia de pesquisa que reflita mais precisamente a realidade dos produtores, influenciando diretamente na precificação da soja.
A situação atual demanda uma atenção especial às necessidades dos produtores, especialmente em Mato Grosso, que tem sido mais afetado pela estiagem. O governo já expressou sua disposição em oferecer suporte, e um passo fundamental seria adotar uma metodologia de pesquisa que ofereça dados mais acurados, permitindo que o mercado reaja com preços mais justos.
Neste contexto desafiador, os produtores de Mato Grosso, embora enfrentem baixas expectativas de colheita, mantêm-se resilientes e determinados. Eles exemplificam a força e a fé cristãs em meio às adversidades, reafirmando a importância da união e do apoio mútuo para superar este período difícil. A cultura agrícola de Mato Grosso, portanto, não se resume apenas à produção de soja; ela reflete uma comunidade que persevera com esperança e solidariedade.