No segundo aniversário dos atos de 8 de janeiro de 2023, a Transparência Internacional denunciou abusos nos processos judiciais relacionados ao episódio. Apesar da reconstrução física das sedes dos Três Poderes, a organização destacou a fragilidade na aplicação da justiça, com prisões prolongadas sem denúncia formal e um rigor excessivo contra cidadãos comuns, enquanto figuras de maior influência política seguem impunes.
A crítica se estendeu ao Supremo Tribunal Federal, apontado como contraditório em sua atuação. "É estarrecedor ver processos conduzidos de forma tão irregular, enquanto grandes corruptos escapam ilesos", afirmou a entidade. A seletividade no tratamento jurídico revela um sistema que privilegia elites e ignora os direitos de manifestantes, enfraquecendo a credibilidade das instituições.
A organização apresentou a agenda “Democracia Forte”, com propostas para equilibrar os Poderes e garantir justiça. Contudo, a verdadeira reconstrução exige mais do que iniciativas simbólicas: requer coragem política para enfrentar as estruturas que perpetuam a desigualdade na aplicação das leis.