A Advocacia-Geral da União (AGU) manifestou-se em favor do deputado Hugo Motta em ação judicial que envolve a contratação de uma funcionária fantasma. O órgão alegou que o processo deveria ser extinto devido à exoneração de Gabriela Pagidis, ocorrida em julho. Entre junho de 2017 e julho de 2025, Gabriela recebeu mais de R$ 807,5 mil em salários da Câmara, enquanto trabalhava simultaneamente em duas clínicas privadas.
Tanto a AGU quanto a Advocacia da Câmara defenderam a extinção do processo, negando prejuízo ao erário. O MPF, por outro lado, identificou “eventual dano ao erário” e defendeu a devolução dos valores pagos. Investigações apontam que o chefe de gabinete de Motta tinha poderes para movimentar contas de assessores e que quatro parentes da funcionária receberam juntos mais de R$ 2,8 milhões.
O esquema veio à tona após reportagem jornalística em julho, que levou à demissão de Gabriela, revelando práticas de rachadinha e pagamentos irregulares envolvendo outros funcionários fantasmas da Câmara. O caso segue sob investigação do Ministério Público Federal.