AGU orienta Planalto a cumprir suspensão de emendas impositivas determinada por Flávio Dino

Suspensão de emendas impositivas gera crise institucional e retaliação política

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AGU orienta Planalto a cumprir suspensão de emendas impositivas determinada por Flávio Dino
 Advogado-geral da União, Jorge Rodrigo Araújo Messias - foto: Daniel Estevão / AGU

A Advocacia-Geral da União (AGU) orientou o Palácio do Planalto a cumprir a suspensão dos repasses de emendas impositivas determinada pelo ministro Flávio Dino, do STF. A medida afeta todos os repasses, exceto para obras em andamento e situações de calamidade pública. O julgamento no plenário virtual do STF, antecipado pelo presidente Luís Roberto Barroso, visa confirmar a decisão de Dino até que o Congresso defina novos critérios para a transparência desses gastos.

A decisão de Dino, amplamente criticada por parlamentares conservadores, intensificou a crise entre o Judiciário e o Legislativo. Deputados e senadores, especialmente do Centrão, reagiram ao tentar barrar uma medida provisória que destinava R$ 1,3 bilhão para recomposição salarial no Judiciário. Dino argumenta que o sistema atual das emendas impositivas é uma “grave anomalia”, ressaltando a necessidade de mudanças para maior rastreabilidade.

A suspensão também inclui as chamadas “emendas Pix”, provocando forte insatisfação no Congresso. A medida é vista como uma invasão da autonomia parlamentar e uma forma de intervenção do STF no Legislativo, exacerbando a crise política e revelando a crescente tensão entre os Poderes.