A Advocacia-Geral da União publicou um parecer nesta sexta (4) para limitar a presença da primeira-dama Janja em eventos oficiais, após pressão crescente da oposição e questionamentos sobre o uso de recursos públicos. O documento, encomendado pelo próprio Planalto, reforça que a atuação da esposa do presidente é apenas simbólica, sem qualquer função formal no Estado.
A medida surge após episódios polêmicos, como a viagem de Janja ao Japão antes de Lula, classificada por parlamentares como “Janja Tour”. A AGU defendeu que o cargo não é remunerado, exige transparência total e deve ter a agenda publicada oficialmente. Até as despesas precisam estar no Portal da Transparência, com justificativas claras.
O parecer soa como recado direto: aparecer pode, mandar não. Participar, só com recibo na mão. Para um governo que vive de imagem, estilo não pode ultrapassar protocolo — nem driblar a lei com sorrisos e discursos vazios.