O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, decidiu manter para 10 de dezembro a sabatina de Jorge Messias ao STF, contrariando o governo Lula. O Planalto alega não ter recebido comunicado formal, mas especialistas lembram que o documento é mera praxe, sem exigência legal, já que a indicação foi publicada no Diário Oficial em 20 de novembro.
Alcolumbre afirmou ter consultado 60 senadores e detectado ampla maioria contrária ao nome de Messias. O presidente do Senado desejava que Lula indicasse Rodrigo Pacheco e manifestou insatisfação com a escolha do Advogado-Geral da União. A decisão evidencia a crescente tensão entre Legislativo e Executivo.
Otto Alencar, presidente da CCJ e aliado do PT, ainda poderia adiar monocraticamente a sabatina para 2026, funcionando como possível saída para o governo. A demora de seis dias para enviar um simples ofício contrasta com casos de Zanin e Dino, cujos documentos foram encaminhados em apenas um dia, reforçando o atrito institucional em torno da indicação.