No cenário político do Rio de Janeiro, destaca-se a mobilização de parlamentares da Assembleia Legislativa (Alerj) visando a instauração de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) logo no início do ano legislativo. Essa ação reflete o compromisso dos deputados com a transparência e a integridade na administração pública.
A primeira proposta de investigação concentra-se em alegações de corrupção envolvendo contratos da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), já contando com o apoio de 33 parlamentares - número superior ao mínimo de 23 assinaturas exigido pelo regimento interno da Alerj. Este inquérito, proposto pelos deputados Alan Lopes e Filippe Poubel, ambos do PL, busca esclarecer os fatos e assegurar a correta aplicação dos recursos públicos.
A segunda CPI visa investigar possíveis irregularidades na aplicação da Lei de Acesso à Informação (LAI) em documentos classificados como sigilosos pelo Sistema Estadual de Informações (Sei) do governo estadual. Esta iniciativa, também encabeçada por Alan Lopes, já recebeu o apoio expressivo de 54 deputados, evidenciando uma preocupação coletiva com a transparência governamental.
Enquanto isso, o Palácio Guanabara, sede do governo estadual, empreende esforços nos bastidores para dissuadir deputados da base aliada a retirarem suas assinaturas das propostas, numa tentativa de bloquear a criação das comissões. O governo do Estado do Rio, ao ser procurado para comentários, optou pelo silêncio.
Este cenário reforça a importância do papel fiscalizador exercido pelo Legislativo, sublinhando a necessidade de vigilância constante sobre a gestão dos recursos públicos e a conduta das instituições governamentais, em prol da sociedade.