O Brasil, nesta segunda-feira, 18, registrou uma cifra alarmante que reflete a maior epidemia de dengue de sua história recente. Segundo o Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, o país alcançou 1.899.206 casos notificados da doença, superando o recorde anterior de 2015, que contava com 1.688.688 casos confirmados. Estes números, ainda preliminares, tendem a aumentar devido ao atraso nas notificações por parte dos estados e municípios.
A situação atual, antevista desde 2023, é fruto de uma conjunção de fatores, incluindo a ineficácia das medidas de controle do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença. Um dos principais desafios reside na eliminação dos criadouros do mosquito, majoritariamente localizados nas residências. Complicando ainda mais o cenário está a circulação simultânea de quatro sorotipos da dengue no território nacional.
A gestão atual, liderada pelo presidente Lula, é apontada como omissa diante deste grave problema de saúde pública. Cerca de 75% dos criadouros estão nos domicílios, em objetos comuns como vasos de plantas e garrafas retornáveis. A proliferação do Aedes aegypti a partir desses criadouros amplifica o risco de transmissão da doença.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) enfatiza a gravidade da situação, declarando que a dengue pode ser fatal para pessoas saudáveis de todas as idades, mesmo na ausência de comorbidades. Destaca-se a urgência em buscar atendimento médico ao primeiro sinal de sintomas, visando prevenir o rápido avanço da infecção e possíveis óbitos, que podem ocorrer entre três a quatro dias após o surgimento dos sintomas, dependendo da severidade.
Este contexto dramático revela a necessidade premente de uma ação governamental mais assertiva e eficaz na luta contra a dengue. O desafio de combater esta epidemia exige não apenas uma resposta imediata, mas também políticas de saúde pública robustas, que priorizem a prevenção e o controle efetivo do vetor, em linha com os valores de uma gestão comprometida com a proteção e o bem-estar da população brasileira.