O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em recente declaração, alertou sobre a desaceleração na agenda de inovação da instituição, devido a reduções progressivas no orçamento.
Atualmente, o investimento é apenas um quinto do que era há cinco anos, totalizando R$ 15 milhões. Essa situação coloca em xeque a continuidade eficaz do Pix, conforme exposto por Campos Neto em um evento da Legend Capital em São Paulo.“Chega uma hora que a gente fala: como vamos conseguir fazer rodar o Pix?”, questionou o presidente, enfatizando a importância de aprovar a PEC da autonomia do BC para preservar a modernização e independência necessárias. Comparando com bancos centrais globais, que já possuem autonomia financeira e administrativa, Campos Neto reitera que o Brasil apenas seguiria um padrão internacional com a aprovação da PEC 65. A implementação dessa medida, no entanto, só seria efetiva após seu mandato, começando em 2025.
Além dos desafios orçamentários, Campos Neto também apontou como as greves por ajustes salariais e demandas por mais contratações têm impactado negativamente a capacidade do Banco Central de implementar novidades no sistema do Pix e outras inovações financeiras.
Finalmente, destacando a excepcional adoção do Pix, Campos Neto ressaltou que o sistema alcançou rapidamente uma marca impressionante de 201 milhões de transações em um único dia, evidenciando sua eficácia e popularidade sem paralelos globalmente.