A recente determinação de Alexandre de Moraes, exigindo documentos da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) sob pena de prisão, demonstra a escalada de tensões entre as forças de segurança e o Judiciário. A comandante-geral da PMDF, Ana Paula Habka, agora enfrenta o risco de detenção, caso não entregue os arquivos solicitados em 24 horas. O episódio é um desdobramento direto dos eventos de 8 de janeiro, já marcado por prisões polêmicas, como a de Klepter Rosa Gonçalves.
O ministro, conhecido por seu estilo impositivo, renovou a ordem após alegar que a documentação foi fornecida "parcialmente". Esse tipo de atitude, no entanto, reflete o contínuo desgaste das instituições e a constante ingerência do STF sobre os demais poderes. As forças policiais, que são o braço da ordem e segurança no país, não podem ser reféns de decisões que fragilizam sua autonomia.
A crise institucional se aprofunda a cada ação judicial que ultrapassa limites claros de respeito à separação de poderes. Manter as forças de segurança sob constante ameaça enfraquece a democracia e gera um cenário perigoso, em que o confronto entre os Poderes parece cada vez mais inevitável.