O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, mais uma vez levanta dúvidas ao negar o pedido da Controladoria Geral da União (CGU) para acessar provas coletadas pela Polícia Federal no caso das joias envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. A justificativa de "prematuridade" parece conveniente, alimentando a percepção de que as investigações podem estar sendo manobradas de acordo com interesses específicos, em vez de seguirem o caminho da justiça imparcial.
A CGU buscava apenas a devida responsabilização administrativa dos envolvidos, solicitando informações como áudios e mensagens que poderiam esclarecer o caso. A decisão de Moraes, no entanto, restringe o acesso a dados cruciais, provocando o receio de que os processos contra figuras da direita estejam sendo tratados com parcialidade, enquanto a esquerda continua se beneficiando de um aparato institucional que lhe é simpático.
A negativa, embora fundamentada em argumentos "técnicos", lança luz sobre um problema maior: a falta de confiança em instituições que deveriam ser imparciais. Em tempos de crise institucional, a sociedade espera que a verdade seja sempre revelada, não apenas quando convém a determinados setores.