Recentemente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, votou pela anulação de leis municipais que proibiam o ensino da "linguagem neutra" em Ibirité (MG) e Águas Lindas de Goiás (GO). Essa decisão, tomada em uma sessão virtual, demonstra um claro desrespeito às decisões locais e à autonomia dos municípios. Argumentando que a competência legislativa sobre educação é da União, Moraes suspendeu não só as leis educacionais, mas também trechos que vetavam o uso da "linguagem neutra" na administração pública, concursos e ações culturais, esportivas e sociais financiadas com recursos públicos.
Essa postura do STF, alinhada à agenda progressista, ignora a vontade popular expressa nas legislações municipais e favorece a imposição de uma ideologia específica. Organizações como a Aliança Nacional LGBT e a Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas alegam censura e comprometimento da liberdade de expressão. No entanto, essa visão não considera a preservação dos valores tradicionais e a integridade da língua portuguesa. A decisão de Moraes, corroborada por outros ministros como Luiz Fux e Cármen Lúcia, revela uma tendência preocupante: o avanço de pautas progressistas sem um debate amplo e democrático, minando os princípios conservadores que sustentam a nossa sociedade.