A queda de Bashar al-Assad, anunciada no domingo (8.dez.2024), deixou Damasco sob controle de rebeldes apoiados pela Turquia, encerrando 24 anos de governo. Al-Assad buscou asilo na Rússia, enquanto a aliança iraniana conhecida como Eixo da Resistência enfrenta um futuro incerto. O ministro iraniano Abbas Araghchi reconheceu o impacto, mas afirmou que a resistência continuará: “Pode haver limitações, mas a resistência encontrará o caminho a seguir.”
Formado por grupos como Hamas, Hezbollah e milícias no Oriente Médio, o Eixo dependia da Síria para acessar o Hezbollah no Líbano. O vácuo de poder em Damasco preocupa aliados do regime, como Rússia e China, enquanto países ocidentais comemoram o fim do controle da dinastia Assad, marcada por décadas de repressão.
O discurso do líder supremo do Irã, Ali Khamenei, será decisivo para moldar a resposta da região à nova ordem. Sem a Síria, o Irã precisará redefinir estratégias para sustentar suas alianças, enquanto a comunidade internacional observa os desdobramentos.