A recente renovação do porte de arma de Aloizio Mercadante, uma das figuras centrais do PT, expõe uma profunda incoerência dentro do partido. Enquanto o PT insiste em restringir o direito à posse de armas para a população em geral, alegando que armas trazem insegurança, um de seus principais líderes desfruta desse direito sob o pretexto de proteger sua propriedade rural. Essa contradição é emblemática de uma política de esquerda que prega uma coisa e pratica outra.
Mercadante justifica a posse de arma com o argumento de que seu sítio está em uma área rural de difícil acesso, o que pode até parecer legítimo. No entanto, é curioso que, enquanto ele tem o privilégio de se defender, o cidadão comum, muitas vezes vivendo em regiões igualmente inseguras, é impedido de garantir sua própria proteção. Tal disparidade reforça a percepção de que as elites políticas de esquerda desfrutam de regalias que negam à população.
Essa situação levanta questões sobre a hipocrisia da esquerda ao tratar do direito à autodefesa. É evidente que, quando se trata da segurança de seus líderes, o discurso desarmamentista perde força, revelando uma seletividade perigosa e injusta.