Após treze longos anos, a Argentina comemora um retorno ao superávit, registrando em janeiro de 2024 a marca impressionante de 518,4 bilhões de pesos argentinos, o equivalente a 620 milhões de dólares, segundo a cotação vigente. Esta conquista financeira, sob o governo de Javier Milei, remete ao último saldo positivo observado em janeiro de 2011, quando o país teve um superávit de 88,1 milhões de pesos, aproximadamente 105,6 milhões de dólares.
Em um comunicado emitido no sábado, 17 de fevereiro de 2024, o governo argentino destacou este feito como um marco histórico: pela primeira vez desde agosto de 2012, a Argentina consegue "gastar menos do que arrecada", uma gestão fiscal que reflete uma virada significativa na economia do país.
Os dados publicados pelo Ministério da Economia da Argentina revelam um aumento notável de 256,7% na receita durante o mês de janeiro de 2024, alcançando a cifra de 6,1 trilhões de pesos, ou 7,4 bilhões de dólares. Este incremento nas receitas é atribuído principalmente ao expressivo crescimento de 256,9% na arrecadação de tributos, um acréscimo de 4,9 bilhões de dólares, impulsionado pelo robusto desempenho do comércio exterior e pelo avanço da atividade econômica interna.
Entretanto, as despesas também apresentaram um crescimento significativo de 114,6%, somando um total de 5 bilhões de dólares. Este aumento nos gastos foi principalmente motivado pelo pagamento de benefícios da seguridade social, que viu uma elevação de 1,9 bilhão de dólares.
A administração de Milei, portanto, enfrenta o desafio de equilibrar este crescimento nas despesas com a necessidade de manter a disciplina fiscal que propiciou o superávit. Este resultado positivo nas finanças públicas argentinas não apenas marca um ponto de inflexão na trajetória econômica do país, mas também ressalta a importância de políticas de gestão econômica rigorosas para alcançar a estabilidade e o crescimento sustentável.