O assessor internacional de Lula, Celso Amorim, comentou nesta sexta-feira (10) a escolha do Comitê Norueguês em conceder o Nobel da Paz à líder venezuelana María Corina Machado. Segundo ele, a decisão teria “priorizado uma agenda política” em detrimento da busca pela paz.
Em entrevista ao UOL, Amorim afirmou concordar com críticas de que o prêmio refletiria mais uma posição geopolítica do que humanitária, chamando essa avaliação de “opinião pessoal”.
O diplomata também demonstrou preocupação com a presença de navios de guerra americanos próximos ao litoral da Venezuela.
Mesmo em tom moderado, suas declarações soam alinhadas ao discurso de Caracas, frequentemente usado para justificar pressões externas. A reação, contudo, reforça a distância entre a leitura oficial brasileira e o reconhecimento internacional do esforço democrático de María Corina.