Anistia enterrada a sangue frio

STF ganha tempo enquanto Câmara isola o PL e esvazia projeto que poderia aliviar patriotas presos

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Anistia enterrada a sangue frio
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Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, protagoniza uma manobra que afronta a base conservadora do país. Com apoio de 14 partidos, ele isolou o PL, maior bancada da Casa, e freou o avanço do projeto de anistia aos patriotas presos após os protestos de janeiro de 2023. Em vez de conduzir o debate, escolheu enterrar o tema com o velho discurso de que “precisa ser aperfeiçoado”.

Enquanto o texto relatado por Rodrigo Valadares prevê o perdão a quem exerceu seu direito de se manifestar, Motta se reúne com aliados do governo para manter o projeto engavetado. A reação do PL foi imediata, com ameaças de travar a pauta e cortar emendas, mas o presidente da Câmara manteve o jogo duplo com sorriso de institucionalidade.

A suposta necessidade de revisão virou desculpa para empurrar o projeto para as sombras do Congresso. Motta traiu os eleitores que esperavam justiça e, na prática, atuou como linha auxiliar do STF, que agora dita as regras do jogo com toga e caneta.

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