O apoio do PT a Delcídio do Amaral, delator da Lava-Jato e candidato a prefeito em Corumbá (MS), gerou uma disputa judicial após divergências internas. Delcídio, ex-líder do governo Dilma Rousseff no Senado, é visto com ressalvas por muitos petistas devido ao acordo de colaboração premiada. Apesar da aprovação unânime dos diretórios municipais da federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB) para apoiar Delcídio, o presidente do PT no Mato Grosso do Sul e outros líderes locais discordaram, levando a uma decisão nacional para apoiar outro candidato.
A federação municipal recorreu à Justiça Eleitoral para validar sua escolha e suspender a decisão nacional. Os advogados argumentam que a executiva nacional agiu fora dos limites legais ao invalidar a decisão da convenção municipal e ao forçar mudanças na comissão municipal. A medida prejudicou a coligação com o PRD e gerou um impasse que agora se arrasta nos tribunais.
Diz o documento:
"O abuso de poder chegou a limites inimagináveis, pois além de anular parcialmente a Convecção Municipal, adotou tema não debatido e, por fim, determinou a substituição dos dirigentes municipais, sem que estes tenham produzido qualquer ato ilegal ou contra o Estatuto da FE-BRASIL".
Como a ação pede a tutela antecipada (antes de julgar o mérito), ante o risco de dano irreversível, a expectativa é que a Justiça decida a questão em breve. A federação alega que a falta da coligação altera todo o cronograma de atividades dos partidos envolvidos, prejudicando a campanha eleitoral.