"Construíram-se módulos para gerar respiros até que os detidos sejam levados ao serviço penitenciário", declarou Macri, descrevendo a iniciativa como uma "melhora física". Com a instalação de 19 contêineres protegidos por muros e cercas existentes, a capacidade de detenção temporária na capital será aumentada em 300 lugares.
Junto à ministra da Segurança, Patricia Bullrich, Macri apontou que a superlotação é um legado do governo anterior, com o número de presos aumentando de 60 em 2020 para mais de 2000 em 2024. A prefeitura destacou que a quantidade de detidos supera largamente a capacidade disponível, com 20% dos presos já condenados que deveriam estar em penitenciárias federais.
"Não vamos deixar de prender delinquentes na cidade de Buenos Aires", assegurou o prefeito, citando uma polícia mais ativa como um dos motivos da superlotação. A prefeitura também planeja liberar espaços com a introdução de duas mil tornozeleiras eletrônicas para prisão domiciliar de indivíduos de menor periculosidade e avançar na deportação de "estrangeiros ilegais", representando 340 detidos, alguns já condenados. "Não tem sentido que a Argentina gaste recursos com alguém que vem delinquir", comentou Macri.
As medidas, incluindo a instalação de módulos, uso de tornozeleiras eletrônicas e deportações, têm como meta ser implementadas nos próximos 90 dias, visando liberar pelo menos 600 lugares em estruturas de detenção temporária.