O cenário econômico argentino recebeu um olhar favorável do exterior. Julie Kozack, diretora do Departamento de Comunicações do FMI, reconheceu o "progresso impressionante" do atual governo na implantação de um plano de estabilização econômica considerado "ambicioso".
Durante uma conferência na última quinta-feira, Kozack relatou a jornalistas que a queda da inflação, sob a administração atual, ocorre em um ritmo acelerado, superando as projeções do Fundo. Apesar dos resultados positivos, ressaltou a necessidade de aprimoramentos contínuos na política fiscal e monetária.
A Argentina, tradicionalmente marcada por suas oscilações financeiras, registrou superávits fiscais em janeiro e fevereiro, um fato não observado há mais de dez anos. Paralelamente, houve uma notável reconstrução das reservas internacionais e uma redução na inflação que superou as expectativas iniciais.
O plano do presidente inclui medidas estruturais para consolidar uma base fiscal robusta, excluindo o financiamento governamental pelo Banco Central. Essa estratégia abarca também ações para conter a inflação e fortalecer as reservas, além de enfrentar "distorções e outros obstáculos ao crescimento", segundo Kozack.
Para o FMI, ainda que haja progresso, é crucial construir suporte social e político para assegurar a perenidade e eficácia das reformas. O objetivo da instituição é dar suporte aos esforços do país para estabelecer um crescimento sustentável e inclusivo.
Dados do Indec revelam que a inflação mensal diminuiu para 13,2% em fevereiro, um declínio quando comparado a janeiro, que teve um índice de 20,6%. Os setores de comunicações, transportes e habitação foram os que mais apresentaram variação no período.