O Governo Federal anunciou com entusiasmo o recorde de arrecadação em setembro de 2024, atingindo R$ 203 bilhões. Embora esse número impressione, é preciso questionar o custo para a população. A alta arrecadação não reflete um crescimento saudável da economia, mas sim um aumento na carga tributária, com destaque para impostos sobre combustíveis e serviços, o que impacta diretamente o consumidor final.
O setor produtivo enfrenta dificuldades com a pesada tributação, enquanto o governo se beneficia da exclusão do ICMS da base de cálculo de algumas contribuições. A elevação da arrecadação previdenciária, atribuída ao aumento da massa salarial, ignora o fato de que os salários, na prática, não acompanham o ritmo da inflação, pressionando ainda mais as famílias brasileiras.
Por trás do recorde de arrecadação, a realidade é outra: uma economia que patina, empresários sobrecarregados por reformas tributárias que complicam ainda mais o cenário, e uma população que vê seu poder de compra erodir. Enquanto os números crescem, o bem-estar da sociedade encolhe.