A arrecadação federal de outubro de 2024 atingiu impressionantes R$ 247,9 bilhões, o maior valor desde 1995, representando um crescimento real de 9,77% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Embora a Receita Federal tenha administrado R$ 225,2 bilhões deste total, com alta de 9,93%, e outros órgãos tenham somado R$ 22,69 bilhões, o aumento dos gastos públicos tem corroído o impacto positivo da receita.
De janeiro a outubro, a arrecadação alcançou R$ 2,218 trilhões, marcando um recorde histórico. No entanto, o governo enfrenta desafios para equilibrar o orçamento, uma vez que o crescimento acelerado das despesas ultrapassa o avanço na arrecadação líquida. O aumento expressivo em itens como o recolhimento de Imposto de Renda e IPI, que subiu 58,12%, demonstra um mercado em aquecimento, mas também reflete a alta carga tributária.
As desonerações fiscais, que deveriam aliviar setores produtivos, cresceram exponencialmente, somando R$ 19,8 bilhões até outubro, R$ 10 bilhões a mais do que no mesmo período de 2023. Enquanto os cofres públicos batem recordes, a gestão do recurso enfrenta questionamentos sobre sua eficiência e prioridades, indicando a necessidade urgente de reformas estruturais para evitar um desequilíbrio ainda maior.