Ato em Copacabana pode enterrar a narrativa oficial do governo

Mobilização histórica pressiona Câmara e expõe fragilidade do STF

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Ato em Copacabana pode enterrar a narrativa oficial do governo
Foto: Lula Marques/ABr

O presidente da Câmara, Hugo Motta, deve ficar atento à manifestação marcada para domingo (16) em Copacabana. O evento, que pede "Anistia Já" para presos políticos, pode reunir mais de 1 milhão de pessoas e enfraquecer de vez a estratégia do governo e do STF. O Planalto tentou transformar os eventos de 8 de janeiro em um escudo contra crises econômicas e políticas, mas a crescente insatisfação popular tem minado essa retórica, até mesmo em redutos antes fiéis ao governo.

A mobilização ocorre em um momento de alta do dólar, inflação crescente e dificuldades de governabilidade. O governo, já enfraquecido, apostou na tese de "golpe contra a democracia" para se manter em pé, mas enfrenta um desgaste cada vez maior. Se o ato superar as expectativas, será um duro golpe na narrativa oficial e abrirá caminho para o avanço dos pedidos de anistia no Congresso.

Além do governo, o STF também sente o impacto da pressão popular, resistindo a qualquer revisão das condenações impostas. No entanto, a crescente força do movimento pode levar a Câmara a agir, impondo uma derrota histórica tanto ao Executivo quanto ao Judiciário. O ato de Copacabana se desenha como um divisor de águas na política nacional, desafiando a imposição de uma narrativa única e reabrindo o debate sobre os rumos do país.