O senador Hamilton Mourão criticou duramente a prisão do general Walter Braga Netto, classificada por ele como um "atropelo das normas legais". Mourão, que foi vice-presidente no governo de Jair Bolsonaro, defendeu que Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, não representa risco à ordem pública. A detenção ocorreu no âmbito da Operação Contragolpe, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado e planos de assassinato contra líderes do governo.
Braga Netto foi preso no Rio de Janeiro e encaminhado ao Comando Militar do Leste, ficando sob custódia do Exército. Ele é um dos 40 indiciados pela Polícia Federal, que aponta mensagens em seu celular como evidências de ataques a oficiais das Forças Armadas que resistiram a pressões golpistas. Em uma delas, Braga Netto teria ordenado: “Senta o pau no Batista Júnior", referindo-se ao ex-comandante da Aeronáutica.
Para a Procuradoria Geral da República, os indícios serão cruciais na decisão de formalizar uma denúncia contra os envolvidos. Mourão, porém, enxerga as prisões como manobras políticas para enfraquecer figuras ligadas ao governo Bolsonaro, num cenário que reacende debates sobre o uso da lei para fins ideológicos.
