Uma recente pesquisa realizada pelo Banco Central junto a instituições financeiras revelou um aumento na preocupação com os riscos climáticos para os próximos anos, contrastando com a percepção de impacto baixo em 2023. O levantamento, que contou com a participação de 83 instituições, sinaliza uma expectativa de maior relevância desses riscos em períodos mais extensos.
Os eventos climáticos, de acordo com o relatório do BC, podem afetar o sistema financeiro nacional através de danos a ativos e processos produtivos, elevação de custos e inadimplência, além de um potencial aumento da inflação. Entre os fenômenos mais preocupantes, destacam-se as secas, a escassez de recursos naturais e a desertificação.
"As instituições financeiras projetam que o impacto de secas sobre seus ativos, já considerado alto em 2023, se intensificará no futuro", destacou o documento. Além disso, o relatório aponta que apenas 42% das instituições gerenciam ativamente os riscos de transição climática, que incluem mudanças regulatórias e crescimento da inadimplência.
Esta tendência ressalta a importância de uma abordagem proativa no setor financeiro para mitigar os efeitos adversos dos riscos climáticos. A necessidade de adaptar estratégias de gestão de riscos torna-se crucial para assegurar a estabilidade e a sustentabilidade do sistema financeiro frente aos desafios impostos pelas mudanças climáticas.