A corrida eleitoral de Guilherme Boulos (PSOL) em São Paulo enfrenta turbulências, especialmente com a ausência de Lula (PT), sua principal figura de apoio. Sem um plano alternativo, a equipe de Boulos foi pega desprevenida, principalmente nas regiões periféricas onde a presença de Lula seria fundamental para captar o eleitorado de baixa renda. Esses mesmos eleitores, frequentemente manipulados pela retórica de esquerda, mostram-se mais céticos diante de promessas vazias.
O cancelamento de dois grandes eventos programados em setembro revelou ainda mais a falta de solidez na estratégia de Boulos. Com Lula viajando ao México para a posse de Claudia Sheinbaum, Boulos perde fôlego nas pesquisas. O atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), aproveita o vácuo deixado pelas ausências e lidera com folga, consolidando-se como a opção preferida dos paulistanos cansados da velha política de promessas irreais.
Apesar de tentar disfarçar a crise, Boulos insiste que sua campanha ainda tem o apoio de Lula, mas a realidade é clara: sem o respaldo contínuo do presidente, seu projeto fica estagnado. A falta de uma visão pragmática, algo que a esquerda teima em ignorar, afasta cada vez mais o eleitor que busca soluções concretas, e não fantasias ideológicas.