Bate-boca no STF expõe arrogância de Dino e ameaça à liberdade de expressão

Debate sobre crimes contra a honra escancara tentativa de blindagem institucional e desigualdade entre cidadãos e autoridades

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Bate-boca no STF expõe arrogância de Dino e ameaça à liberdade de expressão
Reprodução

Durante sessão no Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino e André Mendonça bateram de frente ao discutir o aumento de pena para crimes contra a honra de servidores públicos. Mendonça defendeu igualdade entre cidadãos e autoridades, destacando que “não há algo específico para impor pena superior por eu ser servidor público”.

A reação de Dino foi imediata e exaltada. “Não admito que ninguém me chame de ladrão”, disparou, acusando Mendonça de defender uma “moral flexível” que desmoralizaria o Estado. A discussão cresceu com ironias de ambos os lados e expôs o incômodo do ex-ministro da Justiça com críticas que o atingem diretamente.

Quatro ministros já votaram a favor do aumento de pena para qualquer crítica que fira a honra de autoridades. A tendência revela um Judiciário cada vez mais distante da sociedade e mais empenhado em blindar seus próprios membros.