BC corta Selic em 0,50 p.p. para 11,25%, em decisão unânime

O Copom do Banco Central do Brasil cortou a Selic em 0,50 ponto percentual para 11,25% ao ano, a quinta redução consecutiva, destacando a necessidade de persistir com uma política monetária contracionista diante de um processo desinflacionário mais lento e um cenário global desafiador.

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BC corta Selic em 0,50 p.p. para 11,25%, em decisão unânime
Foto: Reprodução/iStock

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil optou por realizar mais um corte na taxa Selic, reduzindo-a em 0,50 ponto percentual. A decisão unânime dos membros do Comitê levou a taxa de juros básicos da economia de 11,75% para 11,25% ao ano.

Esta medida representa a quinta redução consecutiva na taxa Selic, agora alcançando seu nível mais baixo desde março de 2022, quando estava fixada em 10,75% ao ano.

O mercado já antecipava essa redução, conforme indicado pelo consenso LSEG de analistas, que já previa uma diminuição dos juros para 11,75%.

Em comunicado, o Copom destacou que a conjuntura atual, caracterizada por um processo desinflacionário mais lento, expectativas de inflação com reancoragem parcial e um cenário global desafiador, requer serenidade e moderação na condução da política monetária.

No comunicado, foi enfatizada a necessidade de persistir com uma política monetária contracionista até que se solidifiquem tanto o processo de desinflação quanto a ancoragem das expectativas em torno de suas metas. O texto ressalta: "O Comitê reforça a necessidade de perseverar com uma política monetária contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas".

O Banco Central também observou que a inflação ao consumidor e as medidas de inflação subjacente mantiveram a trajetória de desinflação, alinhadas às projeções do Copom. As projeções para a inflação no cenário de referência do Copom situam-se em 3,5% em 2024 e 3,2% em 2025, enquanto as projeções para a inflação de preços administrados são de 4,2% em 2024 e 3,8% em 2025.

O comunicado não avançou em relação aos comentários anteriores sobre os riscos fiscais no país. Apenas reiterou a importância da execução das metas fiscais para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária.