O Banco Central revisou para baixo a estimativa de inflação no primeiro trimestre de 2026, reduzindo a projeção de 4,0% para 3,6%. A autoridade monetária também ajustou o número esperado para dezembro, que caiu de 4,8% para 4,4%. Segundo o BC, a melhora decorre principalmente da queda do dólar e do petróleo, fatores que aliviaram pressões sobre os preços.
A inflação acumulada em 12 meses até novembro ficou em 4,46%, ainda dentro do intervalo de tolerância da meta, fixada em 3% com limite máximo de 4,5%. Para o fim de 2026, a expectativa é de IPCA em 3,5%. Mesmo assim, o BC estima probabilidade de estouro do teto da meta em 26% em 2025 e 23% em 2026, o que mantém o alerta ligado.
O relatório ressalta que a economia brasileira segue operando acima do seu potencial, cenário que continua pressionando a inflação e justificando cautela na condução da política monetária. Não por acaso, o Brasil permanece com o segundo maior juro real do planeta, em torno de 9,44%, atrás apenas da Turquia, um retrato do custo elevado imposto para conter desequilíbrios internos.
