Na última quinta-feira (8 de fevereiro de 2024), o presidente americano Joe Biden expressou preocupação com a intensidade das operações militares israelenses na Faixa de Gaza, qualificando-as de "exageradas". Durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca, o líder democrata enfatizou a urgência de um intervalo nos confrontos para facilitar as negociações de um armistício, especialmente após a recusa do Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em aceitar uma proposta de trégua apresentada pelo Hamas.
Biden destacou o impacto humanitário do conflito, mencionando as numerosas vítimas civis e a crise humanitária emergente na região. "Estou pressionando vigorosamente por um cessar-fogo que inclua a libertação dos reféns", declarou Biden, manifestando sua consternação com o sofrimento das pessoas inocentes afetadas pela guerra. "É imperativo que isso cesse", acrescentou, referindo-se às mortes e ao desespero das populações civis.
A coletiva também abordou alegações contra Biden por problemas de memória, trazidas à tona por Robert Hur, promotor especial encarregado de sua investigação. Entretanto, um equívoco ocorreu quando Biden confundiu o líder egípcio, Abdel Fattah El-Sisi, com o "presidente do México", durante comentários sobre a abertura de fronteiras para ajuda humanitária.
Netanyahu, por sua vez, manteve uma postura intransigente, rejeitando a proposta de paz do Hamas na quarta-feira (7 de fevereiro de 2024) e adotando uma retórica de "vitória total" sobre o grupo, descartando negociações que envolvam a libertação de reféns.
O Hamas havia sugerido um cessar-fogo de 135 dias, que potencialmente encerraria o conflito com Israel. Esse acordo, fruto de diálogos com mediadores do Qatar e do Egito, com suporte dos Estados Unidos e Israel, exigiria do Hamas a liberação de todos os reféns israelenses elegíveis sob os termos do acordo. Em contrapartida, Israel libertaria prisioneiros palestinos detidos, focando em mulheres e crianças.
Esta entrevista com Biden, a primeira concedida a um veículo americano desde o início da ofensiva israelense em Gaza, em fevereiro de 2022, reflete os desafios enfrentados na busca por uma solução pacífica para o conflito que continua a devastar vidas e agravar tensões na região.