O governo Lula elevou os repasses da Lei Rouanet a patamares recordes, destinando R$ 17,5 bilhões em 2023 e R$ 16,9 bilhões em 2024. Esse valor supera em apenas um ano toda a verba liberada durante o governo Bolsonaro e parte do governo Temer. Enquanto áreas essenciais sofrem com cortes, artistas alinhados ao governo continuam sendo generosamente contemplados, garantindo o ciclo de favorecimento político.
Rodrigo Constantino foi direto ao ponto: “Não existe petista grátis”. A Lei Rouanet e a EBC funcionam como instrumentos de controle ideológico, mantendo uma elite cultural a serviço do governo. “Eles chamam de cultura colocar homem pelado e criança tocando, isso não é cultura, isso é indecência”, criticou. O que deveria incentivar a diversidade cultural transformou-se em um privilégio restrito a grupos já estabelecidos e alinhados ao poder.
Sem fiscalização adequada, a farra com o dinheiro público segue sem limites. Enquanto o trabalhador sofre com impostos cada vez mais altos, bilhões são desviados para sustentar uma máquina de propaganda disfarçada de incentivo à cultura. O modelo atual da Lei Rouanet é um retrato do uso da estrutura estatal para financiar aliados e perpetuar um projeto político.