O ex-presidente Jair Bolsonaro reforçou as semelhanças entre sua trajetória e a do americano Donald Trump, destacando a importância de alianças conservadoras para enfrentar a polarização política. “O que acontece lá, acontece aqui”, afirmou ele em entrevista, fazendo um paralelo entre os desafios enfrentados nos EUA e no Brasil. Com a intenção de comparecer à posse de Trump, caso o americano vença em 2024, Bolsonaro indicou que pedirá autorização ao Supremo Tribunal Federal para a viagem.
A possibilidade de uma parceria política com Michel Temer foi aventada por Bolsonaro, que vê no ex-presidente uma figura "garantista" e experiente para o contexto atual. Com o diálogo mediado por Temer, Bolsonaro busca uma relação mais estratégica com o Judiciário, mantendo o foco na defesa de uma agenda que evite interferências institucionais. "Não descarto conversar com ninguém", declarou, mostrando disposição para alianças que consolidem um possível retorno ao poder.
Bolsonaro reiterou suas críticas ao Judiciário, afirmando que o Supremo deve se restringir aos conflitos legais, enquanto o Parlamento e o Executivo atuam de forma autônoma. “Quem não tem o poder de se intrometer em nada é o Judiciário”, enfatizou, sugerindo que, caso eleito, daria mais espaço a políticos no Planalto, limitando a presença militar em sua equipe.