Ao apoiar a candidatura do filho Flávio Bolsonaro, Jair Bolsonaro “colocou o pé na porta”, segundo análise de Rui. Até então, o ex-presidente enfrentava pressão para apoiar o candidato do grande capital, mas agora radicaliza a situação, sinalizando que, sem oferta vantajosa, seguirá na disputa eleitoral por meio do filho. Dados econômicos mostram que Bolsonaro não é o candidato do grande capital: com o lançamento de Flávio, a bolsa cai e o dólar sobe, refletindo oposição aos interesses do mercado, cenário comparável ao caso Trump nos Estados Unidos.
A análise aponta que, se Flávio for para a eleição, é provável que ele chegue ao segundo turno, obrigando a burguesia a escolher entre apoiá-lo contra Lula ou permitir que Lula vença, frustrando manobras que buscavam neutralizar ambos. Rui destaca que toda a pressão contra Bolsonaro pode terminar sem efeito, especialmente se a vitória eleitoral recair sobre Flávio, mantendo a continuidade política do bolsonarismo.
No campo da percepção popular, Flávio é visto pelo eleitorado como extensão de Bolsonaro, enquanto adversários de Lula, como Haddad, não transmitem a mesma conexão: Haddad é associado a um perfil técnico, acadêmico e distante do trabalhador, ao passo que Lula mantém a identificação com suas raízes operárias, o que pode influenciar decisivamente o resultado final da disputa.
