O ex-presidente Jair Bolsonaro questionou duramente a transferência do delegado da Polícia Federal, Rodrigo Morais Fernandes, para Londres, vendo a nomeação como uma "premiação bastante suspeita". Em suas declarações, Bolsonaro destacou que Morais, responsável por investigações ligadas ao ex-presidente, foi premiado de maneira estratégica, apontando possíveis motivações políticas por trás da decisão. "Essa é a PF livre de interferências, como faziam comigo no passado", ironizou, fazendo alusão ao tratamento que recebeu durante seu governo.
A mudança ocorre em meio a críticas ao governo atual, que vem tomando medidas controversas no cenário político. Morais, que conduziu a investigação do atentado sofrido por Bolsonaro em 2018, concluiu que Adélio Bispo agiu sozinho, sem mandantes. A transferência do delegado levanta ainda mais suspeitas sobre os reais interesses por trás da nomeação, sugerindo que há tentativas de neutralizar figuras que investigam acontecimentos de extrema relevância para o país.
O ex-presidente defende que o afastamento de Morais é parte de uma estratégia maior para enfraquecer sua base e aqueles que o apoiam. Em sua visão, essa "premiação" nada mais é do que uma jogada política para minar suas forças e influências, num cenário em que a independência de órgãos investigativos está sob constante escrutínio.
