Bolsonaro informa ao STF que não prestará depoimento à PF sobre suposto ‘golpe’

A Resposta de Bolsonaro ao Supremo: Entre o Silêncio e a Espera por Transparência

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Bolsonaro informa ao STF que não prestará depoimento à PF sobre suposto ‘golpe’
 Reprodução Poder360

O ex-mandatário Jair Bolsonaro notificou o Supremo Tribunal Federal (STF) de sua decisão de se abster de prestar esclarecimentos na apuração sobre um possível golpe de Estado, condicionando sua participação à liberação integral do conteúdo dos dispositivos móveis confiscados. Convocado pela Polícia Federal para depor às 14h30 da próxima quinta-feira (22), Bolsonaro, por meio de sua defesa, sustenta que as ordens judiciais que embasaram as buscas, apreensões e detenções preventivas se fundamentam em diálogos extraídos dos celulares em questão, cujo acesso não foi inteiramente concedido a seus advogados.

A equipe legal do ex-presidente insiste que o pleno acesso aos dados é imprescindível para assegurar a defesa adequada e a possibilidade de rebater as acusações publicamente. Segundo eles, a ausência desse acesso impede Bolsonaro de fazer declarações, sem que isso signifique uma renúncia ao direito de se manifestar assim que estiver plenamente informado dos detalhes.

“O período em que o requerente se viu sob ataque e questionamento, fundamentado em informações às quais não teve acesso, reforça a necessidade de acesso total para uma possível comprovação de inocência e esclarecimento cabal dos fatos”, reitera a defesa.

Enquanto isso, a Polícia Federal prossegue com as investigações sobre a participação de 16 militares em atividades potencialmente subversivas, destacando-se a disseminação de desinformação sobre a integridade das eleições de 2022. Essa campanha visava incentivar protestos diante de instalações militares.

Um outro vetor de investigação aborda o suposto suporte dos militares a iniciativas golpistas, incluindo o planejamento e apoio logístico para manifestações em bases militares, envolvendo a mobilização e o financiamento dos participantes.

Ademais, levanta-se a hipótese da formação de um "Núcleo de Inteligência Paralela" por Augusto Heleno, Marcelo Camara e Mauro Cid. Esse grupo teria operado na coleta de informações para orientar as ações do então presidente na condução de um golpe, apontando para uma complexa trama de influências e estratégias subterrâneas no seio do poder.