O anúncio de tarifas sobre o aço brasileiro coloca o atual governo diante de um grande teste – e a falta de prestígio já se faz evidente. Em 2019, Jair Bolsonaro utilizou sua relação direta com Donald Trump para evitar a taxação, garantindo a manutenção do comércio. Agora, resta ao governo atual aguardar passivamente a decisão americana, sem qualquer sinal de interlocução eficaz.
Diante da nova ameaça tarifária, o governo brasileiro não esboça qualquer reação estratégica, limitando-se a declarações genéricas e submissas. A diferença entre os cenários é clara: enquanto Bolsonaro tinha um "canal aberto" com Trump e conseguia defender os interesses do Brasil, o governo atual apenas assiste e espera orientações. A retórica diplomática não substitui liderança e influência.
O episódio reforça a fragilidade de um governo que não inspira respeito no cenário internacional. Sem articulação real, as decisões que afetam a economia nacional continuam sendo ditadas por fatores externos, sem qualquer resistência significativa. O tempo mostrará o preço dessa ausência de liderança.
