Bolsonaro mira direita em vice-presidências da Câmara e do Senado ao adotar pragmatismo

Estratégia e união para avançar no Senado e Câmara

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Bolsonaro mira direita em vice-presidências da Câmara e do Senado ao adotar pragmatismo
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está adotando pragmatismo nas conversas sobre sucessão na Câmara e no Senado| Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Partido Liberal, liderado por Jair Bolsonaro, intensifica alianças para garantir mais espaço e poder decisório nas Casas Legislativas. O apoio a Davi Alcolumbre (União Brasil) para a presidência do Senado busca assegurar ao PL a vice-presidência, garantindo influência sobre a pauta. Com esta estratégia, o partido mira no fortalecimento da direita nas comissões, buscando também ampliar seu poder de fiscalização e convocação de ministros, hoje limitada pela posição minoritária.

A aproximação com o Centrão visa discutir temas sensíveis, como a anistia aos presos do 8 de janeiro, que enfrenta barreiras na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Arthur Lira, presidente da Casa, transferiu a questão para uma comissão especial, manobra que dificulta o avanço da pauta. Mesmo com o recesso próximo, há expectativa de votação da proposta, após promessa de Lira aos aliados, que buscam aprovação antes do início do próximo ano legislativo.

Bolsonaro destaca a importância dessas alianças para que o PL não fique “sem voz” nas decisões. Em reuniões com Lira e outros líderes, o ex-presidente reforça que o Senado terá papel decisivo na aprovação da anistia, objetivo que também fortaleceria a representatividade conservadora.