Alexandre de Moraes aproveitou a vitrine da revista de extrema esquerda americana para cravar o epitáfio político de Jair Bolsonaro, mesmo sem julgamento criminal iniciado. Com ares de déspota iluminado, disse que “não há a menor possibilidade” de retorno do ex-presidente, como se decisões judiciais fossem seladas por vontade pessoal, não por justiça.
Em tom messiânico, Moraes se autodeclara herói de filme: “Eu não poderia morrer. O herói do filme tem que continuar.” Entre devaneios e autoelogios, comparou Elon Musk a Goebbels, reduzindo a liberdade digital a uma ameaça nazista. A teatralidade revela mais do ego inflado do ministro do que de qualquer ameaça real ao país.
Ao afirmar que “nenhum dos filhos de Bolsonaro tem conexão com os militares”, Moraes emite recados políticos disfarçados de análise jurídica. Não é mais juiz virou protagonista de uma distopia togada, onde o Supremo se torna palco e a Constituição, mero coadjuvante.