Jair Bolsonaro quebrou o silêncio após ser indiciado pela Polícia Federal sob a acusação de envolvimento em um suposto plano de golpe de Estado. Em declaração, o ex-presidente criticou o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF, afirmando que a condução do inquérito foge aos limites da lei. “O ministro ajusta depoimentos, prende sem denúncia e faz pesca probatória”, declarou Bolsonaro, destacando que suas expectativas estão na análise pela Procuradoria-Geral da República.
O relatório da PF menciona Bolsonaro e outros 36 indivíduos, incluindo militares, sob suspeita de ações violentas contra líderes políticos. No entanto, a abordagem das investigações levanta questionamentos sobre a objetividade do processo, especialmente diante de mensagens como a do juiz instrutor Airton Vieira, que orientou “usar criatividade” ao lidar com denúncias.
O ex-presidente reiterou que sua defesa será conduzida com base nos fatos e nas garantias legais, frisando a necessidade de justiça imparcial. Segundo ele, o foco agora está na PGR, onde “a luta começa”. O episódio expõe um cenário de forte politização, que ameaça desviar instituições de seus princípios constitucionais.