Documentos da Polícia Federal apontam que Jair Bolsonaro recusou pedidos para substituir o general Paulo Sérgio Nogueira no Ministério da Defesa por um oficial mais alinhado a uma possível ruptura institucional. A sugestão partiu de Mario Fernandes, ex-secretário-executivo da Presidência, preso na Operação Contragolpe. Bolsonaro teria rebatido a ideia afirmando: “Ah, não, porra, aí vão alegar que eu tô mudando isso pra dar um golpe.”
As mensagens, obtidas durante a Operação Tempus Veritatis, revelam discussões sobre estratégias para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, incluindo mobilizações populares e questionamentos sobre urnas eletrônicas. No entanto, a postura de Bolsonaro e do general Nogueira garantiu a preservação da ordem institucional e afastou qualquer ação golpista.
A recusa do ex-presidente reflete as tensões no fim do mandato, evidenciando sua decisão de manter o respeito à Constituição, mesmo sob pressão de aliados mais radicais.