Segundo o jornal O Globo, a estratégia é explorar a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o relógio Cartier, alegando que se o presente de Lula foi considerado personalíssimo, o mesmo critério deveria ser aplicado a Bolsonaro no caso das joias sauditas.
A área técnica do TCU já afirmou que Lula não precisa devolver o presente, pois a regra sobre bens de alto valor não estava em vigor na época. Entretanto, a defesa de Bolsonaro argumenta que essa disparidade revela um tratamento desigual. Eles afirmam que "se Lula pode manter o relógio, Bolsonaro não deveria ser punido pelas joias", sugerindo uma aplicação uniforme da lei para todos os ex-presidentes.
Enquanto isso, Bolsonaro enfrenta indiciamento por associação criminosa e lavagem de dinheiro no inquérito das joias sauditas. A acusação contra ele e outros envolvidos, incluindo advogados e ex-ajudantes de ordens, torna o cenário ainda mais tenso.
Essa tentativa de Bolsonaro não é apenas uma tentativa de limpar sua imagem, mas também uma tentativa de evidenciar o que vê como injustiça no tratamento dos ex-presidentes. O foco agora está na busca por um "tratamento isonômico" e na necessidade de um julgamento justo para todos os envolvidos.