A posse de Guilherme Boulos como ministro da Secretaria-Geral da Presidência teve mais tom de campanha que de solenidade. O ex-líder do MTST pediu um minuto de silêncio pelas “vítimas” da operação policial no Rio, sem distinguir criminosos de agentes de segurança, e aproveitou o momento para atacar o mercado financeiro, dizendo que “a cabeça do crime está na Faria Lima, não no barraco”.
Boulos também classificou a jornada de trabalho 6x1 como “vergonhosa” e incentivou coro de “sem anistia”, em clara referência ao ex-presidente Bolsonaro. O novo ministro prometeu “colocar o povo na rua” e mobilizar movimentos sociais em defesa do governo.
Sem discurso de Lula, a cerimônia foi marcada por tons de militância e apelos ideológicos. A fala de Boulos evidenciou a intenção do governo de dar espaço a pautas radicais e confrontar o setor produtivo, em vez de priorizar estabilidade e responsabilidade econômica.