Guilherme Boulos, conhecido por liderar invasões sob a bandeira do MTST, agora surge com uma proposta surpreendente: incentivar o empreendedorismo jovem. Em um movimento que soa no mínimo contraditório, ele propõe, em parceria com Tabata Amaral, o programa Jovem Empreendedor, prometendo crédito para jovens abrirem seus negócios. Quem poderia imaginar o antigo defensor da luta contra o "capitalismo opressor" incentivando os jovens a se tornarem empresários? Isso levanta a questão: seria esta uma evolução em suas ideias ou apenas uma manobra eleitoreira?
Historicamente, Boulos e sua linha política sempre reforçaram o papel do Estado como assistencialista, mirando o empresariado como um inimigo da classe trabalhadora. Sua defesa da "função social da propriedade", que muitas vezes serve de justificativa para invasões, é um exemplo claro de sua ideologia. Agora, ao propor uma iniciativa que visa justamente fortalecer o empreendedorismo, ele desafia suas próprias convicções, deixando o eleitor com dúvidas sobre sua autenticidade.
Em meio a esse cenário, fica claro que, seja uma mudança de posicionamento ou uma estratégia para angariar votos, a proposta de Boulos parece desconectada de sua trajetória. Empreendedorismo e livre mercado não combinam com quem há pouco tempo defendia a invasão como instrumento de justiça social.