O Brasil praticamente dobrou suas importações da Rússia desde o início da guerra na Ucrânia, saltando de US$ 6,2 bilhões em 2021 para US$ 12,2 bilhões em 2024.
O aumento ocorreu tanto no governo Bolsonaro quanto no de Lula, com destaque para combustíveis (US$ 7,18 bilhões) e fertilizantes (US$ 4,17 bilhões). A Rússia é hoje o maior fornecedor de diesel ao Brasil, segundo dados do Comtrade.
Enquanto o G7 sanciona Moscou, o Brics, bloco que inclui o Brasil, ampliou os laços com o Kremlin, permitindo à Rússia manter sua economia e investimentos militares.
Lula reforçou essa aproximação ao se afastar dos EUA e estreitar relações com Vladimir Putin, inclusive participando de eventos ao lado de líderes autocratas.
Diante disso, Donald Trump ameaçou aplicar tarifas de 100% a produtos russos e sanções secundárias a países como o Brasil.
A estratégia visa pressionar aliados comerciais de Moscou a forçar um cessar-fogo, sob pena de isolamento econômico.