Brasil e Estados Unidos tiveram os menores custos de produção de frangos de corte em 2022

Análise comparativa destaca competitividade na avicultura entre países da União Europeia, Brasil e Estados Unidos

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Brasil e Estados Unidos tiveram os menores custos de produção de frangos de corte em 2022
Foto: Leo Drumond/Ed. Globo

Um estudo recente realizado pelo Instituto de Pesquisa em Economia da Universidade de Wageningen, na Holanda, traz à tona uma comparação reveladora dos custos de produção de frangos de corte em 2022, abrangendo três países da União Europeia - Holanda, Alemanha e Polônia - em contraste com o Brasil e os Estados Unidos. Os resultados indicam que o Brasil e os Estados Unidos detêm uma vantagem significativa em termos de menor custo de produção, colocando-os à frente no cenário de competitividade global no setor avícola.

Peter van Horne, pesquisador e economista em avicultura responsável pelo desenvolvimento da ferramenta de cálculo que possibilita esta análise comparativa, enfatiza a importância do estudo para entender a competitividade dos países na produção de carne de frango. A iniciativa visa fornecer dados relevantes que possam orientar estratégias e decisões no âmbito da cadeia produtiva avícola internacional.

Os dados específicos para o Brasil foram coletados de um aviário modelo, localizado no estado do Paraná, equipado com sistemas de climatização de pressão positiva, e disponibilizados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Suínos e Aves, sediada em Concórdia, Santa Catarina. Marcelo Miele, pesquisador da área de socioeconomia da Embrapa Suínos e Aves, ressalta a importância da divulgação desses achados para os agentes envolvidos na cadeia produtiva nacional, evidenciando a relevância do conhecimento sobre os custos operacionais para o fortalecimento e a sustentabilidade do setor.

De acordo com o estudo, as granjas brasileiras apresentam os custos de produção mais baixos entre os países analisados, registrando um valor médio de R$ 5,29 por quilo de frango vivo. Em contrapartida, a Alemanha mostra-se como o país com o maior custo, atingindo R$ 6,72 por quilo vivo. A avaliação dos custos levou em consideração diversos fatores, incluindo gastos com ração, pintinhos de um dia, mão de obra, entre outros, além dos custos associados às instalações, como manutenção, depreciação e juros sobre o capital investido.

Esta análise oferece uma perspectiva valiosa sobre as dinâmicas econômicas que regem o setor avícola global, evidenciando a posição estratégica do Brasil e dos Estados Unidos no mercado internacional. A eficiência e o baixo custo de produção emergem como fatores cruciais que sustentam a competitividade desses países, delineando um cenário em que a otimização de recursos e a inovação continuam a ser elementos-chave para o sucesso e a expansão no âmbito da avicultura mundial.